O cenário dos golpes financeiros no Brasil apresenta uma realidade alarmante. Um recente levantamento da Serasa Experian revela um aumento significativo nas tentativas de fraudes.
Esse aumento expressivo de 10,4% em comparação ao ano anterior demonstra que o problema é mais sério do que nunca. Os dados do Indicador de Tentativas de Fraude apontam que mais da metade das fraudes registradas tiveram origem em ataques contra bancos e cartões de crédito.
Se não fossem detectadas, essas fraudes poderiam resultar em um prejuízo estimado de aproximadamente R$ 51,6 bilhões. Portanto, as informações sobre golpes e suas consequências se tornam cada vez mais relevantes para a segurança financeira dos brasileiros.
Entender quem são as principais vítimas, quais os tipos de golpes mais frequentes e como se proteger é essencial neste cenário. Com a crescente insegurança nas formas de pagamento, é importante que todos estejam cientes das práticas que podem ajudar a evitar tais situações.

A Realidade das Fraudes Financeiras no Brasil
Dados reveladores mostram que cerca de 50,7% dos brasileiros se tornaram vítimas de golpes financeiros em 2024, representando um aumento considerável em comparação ao ano anterior.
Essa estatística significa que mais de um quarto da população sofreu perdas financeiras decorrentes dessas fraudes. Além disso, 54,2% dos consumidores afetados confirmaram que realmente perderam dinheiro em decorrência de esquemas fraudulentos.
As fraudes atuais abrangem uma variedade de técnicas, o que mostra que os criminosos estão se adaptando e inovando continuamente. Portanto, é vital que os cidadãos estejam informados e preparados para lidar com essas ameaças.
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Tipos de Golpes mais Comuns em 2024
Um dos principais tipos de golpe que estão em alta é o uso indevido de cartões de crédito, que representa 47,9% das tentativas registradas.
Esse tipo de fraude demonstra como os criminosos têm se tornado cada vez mais habilidosos em acessar informações pessoais e financeiras. Além disso, outras fraudes que vêm se destacando incluem:
- Boletos falsos e fraudes via Pix: Chegando a 32,8% das ocorrências, esses golpes fazem com que as vítimas paguem por dívidas que não devem.
- Phishing: O roubo de dados pessoais, por meio de técnicas que enganam o usuário para que forneça informações sensíveis, corresponde a 21,6% dos casos.
- Invasão de contas bancárias e redes sociais: Esta prática, que representa 19,1% das fraudes, compromete a segurança pessoal dos atacados.
Dado o aumento das fraudes e os valores envolvidos, torna-se imprescindível que os consumidores adotem uma postura proativa em relação à sua segurança.
O Dano na Confiança do Consumidor
As fraudes financeiras têm causado um impacto negativo na confiança dos brasileiros em métodos de pagamento online, como o Pix. O uso deste sistema caiu de 69% para 60%, já que a percepção de segurança despencou de 32% para 22%.
Esse retrocesso reflete uma desconfiança crescente, afetando diretamente o uso de tecnologias financeiras que antes eram popularmente aceitas. Por outro lado, o cartão de crédito ganhou maior notoriedade e confiança.
Com um aumento das transações realizadas por esse meio, de 79% para 84%, os consumidores consideram mais seguro este método de pagamento, com 60% dos entrevistados acreditando em sua eficácia.
Essa mudança de comportamento sugere que o medo de fraudes está mudando a forma como os brasileiros interagem financeiramente.
O Papel das Empresas na Proteção Contra Golpes
As empresas que atuam no setor financeiro também desempenham um papel fundamental na proteção dos consumidores. Quando questionados sobre a eficácia das instituições na segurança contra fraudes, os resultados foram reveladores:
- Empresas de cartão de crédito: 49% dos entrevistados acreditam que elas são eficazes, mostrando um aumento em relação aos 41% no ano anterior.
- Agências governamentais: 37% dos consumidores consideram essas instituições seguras.
- Marketplaces de e-commerce: A confiança nessa modalidade está em 33%, demonstrando uma certa resistência por parte dos usuários.
- Provedores de pagamento: Apenas 23% das pessoas veem essas empresas como seguras, o que reflete uma diminuição na credibilidade desse tipo de serviço.
Esses dados revelam um panorama onde a segurança é uma prioridade dos consumidores e um fator decisivo na escolha dos métodos de pagamento.
Proativa: A Prioridade dos Consumidores
Um dado interessante mostra que 76% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais por marcas que garantam maior segurança online. Esse número, que subiu de 62% em 2023, demonstra uma crescente preocupação com a proteção de dados e finanças pessoais.
Os consumidores compreendem que a segurança não é apenas um bônus, mas uma necessidade, elevando a exigência sobre as empresas e serviços que utilizam. Além disso, a pesquisa indica que a biometria física é um dos métodos de autenticação mais valorizados, com 67% dos participantes considerando essa tecnologia eficaz para impedir fraudes.
Outros métodos de proteção, como códigos PIN enviados para celulares (48%) e perguntas de segurança (40%), também mostraram um aumento na aceitação.
Entretanto, a evolução contínua dos crimes digitais, como fraudes que utilizam inteligência artificial e deepfakes, exige que consumidores e instituições permaneçam vigilantes e adotem estratégias de segurança robustas.
A Importância de Ter um Modelo de Prevenção em Camadas
Especialistas, incluindo o diretor de autenticação e prevenção à fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, destacam que, quanto mais robusto for o processo de autenticação, menores serão as chances de sucesso dos golpistas.
Ele enfatiza que um modelo de prevenção em camadas, que combina diferentes tecnologias de segurança, é fundamental para aumentar a proteção contra fraudes e para reforçar a confiança nos serviços digitais oferecidos.
Isso significa que, além de confiar em uma única forma de proteção, os consumidores devem estar cientes de múltiplas ferramentas e métodos, como autenticação em dois fatores, monitoramento de contas e educação sobre fraudes em andamento.